Manoel Passos da Silva |
Francisca Maria Passos |
Em um domingo pela manhã homens da maior Macha mundial (25 mil km percorridos) estiveram na casa do meu bisavô o senhor João Passos casado com a senhora Joana Passos, eles procuravam por quatro animais (mulas/burros), de propriedade do senhor João Passos que pessoas da região informaram quando eles procuram animais para substituir os já cansados. Ao chegar a casa (uma construção antiga de tijolos), onde morava o senhor João Passos com a família, perguntaram onde estavam os animais, ele de forma educada respondendo disse que estavam na roça, se os encontrar podem levá-los, se outros de vocês não já os tiver encontrado e levado.
No intervalo de tempo que passaram na residência do senhor João Passos, passearam pela vargem do Sitio São Paulo na zona rural de Coremas-PB que ficava bem próximo daquele local. Foi o suficiente para ocorrer um fato que marcou a passagem dos homens da Coluna Prestes naquele local. José Passos filho do senhor João Passos e da senhora Joana Passos, resolveu chamar atenção dos revoltosos, selou sua burra, arriou, contudo que tinha direito vestiu sua melhor roupa, colocou um lenço vermelho (uma peça muito usada na época) e foi desfilar na vargem tentando se passar por um dos revoltosos com sua burra, muito bonita e invejada naquele lugar e nas vizinhanças, não demorou muito tempo e, um negro, como as pessoas dali o chamaram, parou José Passos e perguntou se ele queria vender o seu animal, José Passos disse que não vendia de jeito nenhum, o Negro pediu que José Passos desmontasse, pois aquele animal agora estava de posse dele.
O Negro chamou um dos companheiros e mandou que entregasse um cavalo com um pequeno pedaço de corda e uma rede de varanda, e ordenou que José Passos montasse o cavalo e fosse para casa. José não conformado em perder seu animal, tirou um lenço do bolso, desenrolou, tinha uma certa quantia em dinheiro, propôs então ao Negro trocar na burra quera era sua, nesse instante, o Negro disse me der esse dinheiro para cá, ele agora é nosso, não insista vá para casa em seu cavalo é melhor para você, assim José o fez.
O Negro montou a burra que era de José Passos e ficou passeando na vargem. Indo e vindo de uma ponta a outra, parava no terreiro da casa do senhor João Passos e dizendo várias vezes,"é muita mordomia pro um negro né...isso prum negro é luxar de mais né Passo, numa burra dessa, e mais dinheiro", depois de um certo tempo seguiram viagem. A Coluna Prestes é considerada a maior macha da história mundial.
Fundação e emancipação política de Piancó
Fundada a 8 de novembro de 1748, Piancó completará em 2014, 266 anos de fundação. Há 143 anos (2014-1871). A emancipação política foi conquistada em 11 de novembro de 1871, recebendo a denominação de Vila Constitucional de Santo Antônio de Piancó.
A primeira Igreja de Piancó
Em 1800, precisamente no dia 18 de setembro, Francisco Dias Gomes, senhor da casa da Torre e proprietário a mais de três décadas de uma fazenda de gado existente na referida localidade, denominada Pinho Sol, cedeu boa parte dessas terras para formar o patrimônio da segunda igreja, dedicada a Santo Agostinho, erguida às margens do Rio Piancó, com uma arquitetura invejável, mantida até os dias atuais. Representou o doador durante o ato jurídico de transferência de bens, o Mestre de Campo Pedro Alves Cabral (filho do fundador da povoação Francisco de Paulo) e como curador e administrador da beneficiária o Sargento-Mor Manuel da Silva Passos. Esse acontecimento é tido como o marco oficial da oficialização da fundação de Piancó, motivo pelo qual a data é anualmente lembrada com diversas comemorações.
Luiz Carlos Prestes no Jô Soares em 1988
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